quinta-feira, 20 de outubro de 2011

De repente 30





Há quem goste dos novinhos
Até digo que eles possuem seu charme
Eu, particularmente, prefiro os mais velhos
Os Gatões para mim são os melhores
Charmoso
Barba sombreada por fazer
Rosto marcado
Barriguinha saliente
Dizem que sou estranha
Que tenho gostos estranhos
Porém, estranho mesmo
Seria não me encantar por este velho menino
Que tinha 27
De repente 30
Era Bonito
De repente Lindo
Homem-menino
Quando vai parar de me surpreender?
Me diga,
Há algo que eu ainda deveria saber?







Aquele gatinho




Sempre me identifiquei com os felinos
Aqueles bixanos faceiros
Fofinhos
Manhosos
Com aquelas patinhas de almofada
Como podem ser tão lindos?
Sempre me identifiquei com os felinos
Com os homens não
Ah, esses definitivamente não!
Porém, sim com os felinos
Mas e agora?!
Aquele gatinho também é homem.

Como figura de linguagem


Por tantas vezes ri chorando
Por tantas vezes amei odiando
De tão feliz entristeci
Mas que sofrimento essa alegria de amar
Me pego com essa paciência apressada
Pois da vida cheia de vazio estou cansada
Vida fugaz que demora a passar
E insiste em correr quando se quer parar
Sempre tive pressa de ter calma
De viver freneticamente a vida devagar
Sou assim, meio paradoxal, meio antitesiada
Mas não tenho medo de arriscar
Seja nos termos opostos
Ou nas preposições aparentemente absurdas
Com paciência pra esperar
Tenho pressa de amar.