quarta-feira, 2 de maio de 2012

O som da estrada


Posso ouvir o som da estrada
Ela me chama como a sereia 
Com um canto hipnotizador
É o som mais doce e atrativo que já ouvi
E me deixo atrair...
Poder caminhar
Por estas estradas povoadas de novos mundos me fascina
Me encontro e me descubro em mundos de alheios 
E com o tempo... não mais alheios. Nem os mundos, nem os seus habitantes.
Ainda há o que (quem) valha a pena descobrir
E seria esta a minha principal ocupação:
Descobrir e conhecer novos mundos
Mas tudo naturalmente
Como tem que ser
Deixando acontecer...
E é exatamente assim que acontece:
Natural e encantadoramente
Assim, quando parto
Me sinto parte dos mundos pelos quais estive
E tenho certeza de que aqueles mundos também farão parte de mim.


Noites de uma outra cidade


Me lembro das noites em que estivemos entrelaçados
Em que as tuas pernas foram as minhas 
E as minhas foram as tuas
Onde estive concentrada ouvindo a tua respiração
E fazendo parte da tua transpiração
Noites em que desafiamos a física
E os nossos corpos ocuparam o mesmo espaço
E como não lembrar?...
...Daquelas noites em que após estado de exaustão
Nos encontramos  sedentos por água
Noites em que as tuas mãos seguraram com força os meus cabelos
Me fazendo submissa
E por assim está, lhe causei cobiça
Noites em que o teu colo foi o meu assento
Me permitindo olhar-te face a face
E te enxergar por dentro
Noites que nem sempre eram noites
Que por vezes tinha Lua
Noutras tinha Sol
Mas que 'inda assim não deixamos de transpirar em mais um lençol
Ah estas noites!...
Serão sempre noites de uma outra cidade.