Durante esses dias
Uma tristeza profunda me acomete
Nem os meus comprimidos estão dando jeito
Choro!
Sem deixar que presenciem tal feito
Nunca se sabe quem realmente quer consolar
E por isso,
Choro ainda mais
Escapo ao desabafo aos poucos
Comigo mesma
Ou em rompantes de fúria e angústia
Deixando escapar uma coisa ou outra com alguém
Pra não me deixar morrer ao solitário por dentro
Recorro a música
Que sempre fora o meu refúgio
Aos versos a um gesto...
Recorro ao isolamento
Ninguém entende mesmo
Só quem sabe é quem sente
Recolho-me a solidão
Então...
Me recordo que odeio ficar só
Na verdade
Preciso de um colo que não me questione
E apenas com os dedos entre meus cabelos
Diga que tudo irá ficar bem
Preciso dá um jeito nisso tudo
Dormirei
Esquecerei
Quem sabe...
O sono inquieto não traz paz
Nem tão pouco repouso
O travesseiro passa a ser o acusador
Aquele que não me deixa escapar as lembranças
Não deveria me deixar abalar por esse tipo de ser
Que me recuso a chamar de humano
Ou que só poderia ser desta especie
Pois somente esta se satisfaz com a humilhação alheia
E se sente superior por isso
Exemplo de bondade, paciência
Espiritualidade, integridade...
Nunca fui
Mas não desperdiçarei meu tempo
Sentindo raiva, ódio ou sede de vingança
Isso só faz mal a quem sente
Por isso,
Assim como me recomendaram
Estou recolhendo- me a minha insignificância
Não por me sentir inferior
Mas pra retomar minha paz de espírito
Aos poucos
Juntamente com as lágrimas
A tristeza irá se dissipar
Tenho certeza de que o sol nascerá amanhã...
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