sábado, 27 de julho de 2013

Save-me!


Entre uma página e outra
vejo teu rosto como uma grande tormenta
Num paradoxo eloquente
tuas lembranças me causam profunda alegria e dor

Toda a minha mente
(nesse momento)
se expande em ti
Vislumbrando uma matéria intocável

As minhas loucuras,
desejos e esperanças...
giram nos meus pensamentos
Misturam-se a você
Não me cabe mais distinguir
o real e o imaginário,
o realizável e o impossível

Como um prédio em costrução irregular
fui embargada por você
Encontro-me aqui:
parada à beira do precipício
Esperando um empurrão,
um arrebatamento...
Mas ninguém pode me salvar
(exceto eu mesma)
Atiro-me sem remorso
no mais profundo dos abismos
Lá, encontro meu pior inimigo,
meus demônios...
encontro a mim mesma
E é assustador.

Salve-me!
(quem puder)
pois eu já não posso mais.


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