terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Todas as manhãs


Logo de manhãzinha
Eles vêm
De várias espécimes
Cores e tamanhos
Uns
Nunca viram por estas bandas
Outros
Já são fregueses
Têm até casa no meu telhado
Minha varanda
Vira um ponto de encontro
Conversam tão alto
Que me acordam
Levanto num pulo
Saiu correndo
Tropeçando
Pra não perder o espetáculo
E talvez
Até fazer parte da conversa
É uma troca de interesses
Lhes ofereço o alimento
Para o corpo
Eles me dão o da alma
Com certeza
Recebo mais
Do que os dou
Passarinhos tagarelas
Que prazer em vê-los
Que bom que me acordou


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